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Entendendo aIncontinência

Violência contra o idoso: como identificar e o que fazer

05 de Dezembro de 2016
TENA

A violência contra o idoso nem sempre se manifesta fisicamente. Há formas aparentemente mais sutis como a violência psicológica, financeira e mesmo a negligência de cuidados. Ou seja, tudo o que pode comprometer a integridade física e/ou emocional do idoso deve ser considerado violência. O mais desafiador é que na maior parte das vezes o agressor é da própria família, o que faz com que o idoso sinta ainda mais dificuldade em buscar ajuda para libertar-se do problema.

Segundo dados do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva), da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, entre os idosos, a violência física foi responsável por 64% dos casos notificados. Em segundo lugar, a violência psicológica/moral e negligência/abandono. O autor da agressão, na maior parte dos casos (29,7%) é o filho da vítima. Já nos números da Secretaria de Direitos Humanos, responsável pelo serviço de denúncia Disque 100, entre 2013 e 2014, 56% dos casos foram de violência psicológica, 43% de abuso financeiro e 27,72% de violência física.

Abuso

Vale observar que os serviços de saúde têm maior notificação de violência física, porque é o tipo de abuso que os profissionais, sejam médicos, enfermeiros ou outros conseguem observar facilmente. Por esse motivo é importante que a sociedade em geral esteja atenta a essa questão. Em caso de denúncia, ela pode ser feita pelo Disque 100, serviço da Secretaria de Direitos Humanos. Qualquer pessoa pode ligar 100 pelo celular ou telefone fixo. A ligação é gratuita e recebe denúncias sobre qualquer tipo de violação de direitos humanos. Os casos são analisados e encaminhados aos órgãos de proteção e defesa da região da ocorrência.

O denunciante é mantido em sigilo, seja ele o próprio idoso violentado ou um terceiro. Além desse serviço, os profissionais de saúde têm papel fundamental na percepção do que acontece com o idoso.

A falta de cuidados também é um tipo de violência e nem sempre detectável, porque pode ser praticada por familiares diretos, comunidade, instituições de longa permanência e pelo poder público. Outra queixa comum são os maus tratos sofridos por idosos em serviços, como no transporte público, por exemplo. E ainda está na lista a exploração financeira.

Prevenção

Assim como a violência contra a criança, esse tipo de crime contra o idoso também acontece por uma visão generalizada da sociedade de que essa é uma população fragilizada. Entendendo a dificuldade do processo, o Conselho Estadual do Idoso de São Paulo, por exemplo, iniciou em setembro de 2016 uma campanha junto aos órgãos de saúde, à OAB e aos serviços policiais para que o idoso conte a sua história apenas uma vez.