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Entendendo aIncontinência

Planejando o futuro financeiro: o que levar em conta?

16 de Setembro de 2016
TENA

Chegou a aposentadoria. E agora? Ainda vale poupar? Vale investir? Como viver só com esse rendimento abaixo do que ganhava antes? As perguntas e angústias são muitas para quem se aposenta e, principalmente, para aqueles que não conseguiram fazer uma reserva financeira. Mas para tudo há uma saída e, nesse caso, a melhor delas é a educação financeira.Apesar do nome, educação financeira nada mais é do que criar bons hábitos e desenvolver boas práticas para cuidar do seu dinheiro. “Independentemente da idade, é fundamental saber administrar bem as próprias finanças. Não importa o montante, a ausência de uma boa administração financeira poderá exaurir rapidamente qualquer patrimônio”, afirma Almir Ferreira de Sousa, professor da Faculdade de Engenharia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e pesquisador da Fundação Instituto de Administração (FIA).Ainda são poucas as pessoas que se preparam para a aposentadoria.

Segundo pesquisa realizada em junho de 2016 pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 64,2% não chega à aposentadoria com reserva financeira. “A consequência disso é que, quando se aposenta, passa a receber a pensão menor do que era o salário e a ter gastos muito maiores, como plano de saúde e medicamentos. Então é preciso ajustar o padrão de vida para esse momento”, diz Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.A opção mais viável, aconselha a economista, é cortar os gastos com lazer. Isso não significa isolar-se em casa. “A maioria das capitais oferece atividades gratuitas e alta qualidade para idosos”, afirma. “Além disso, há muitos serviços mais baratos para essa população. É preciso se informar”.Outro ponto importante é tentar guardar dinheiro. Nem que seja um pouquinho para aquelas pequenas emergências do dia a dia e que não estão previstas, como um cano estourado ou um problema com a geladeira.

E no caso de o gerente do banco oferecer algum investimento, não tenha vergonha de perguntar todos os detalhes. “Não é fase para assumir grandes riscos, nem aplicar em imóveis, sobretudo pela baixa liquidez que eles representam”, orienta Sousa. “É melhor optar por aplicações financeiras mais conservadoras, mesmo ganhando menos, mas com segurança, do que se aventurar a ganhar um pouco mais e colocar em risco o valor do capital que já tem em mãos”.Para gerenciar melhor seu dinheiro Dicas do professor Almir Ferreira de Sousa, da Faculdade de Engenharia e Administração (FEA) da USP e da Fundação Instituto de Administração (FIA)• Mantenha sempre o controle de quanto entra e quanto sai de dinheiro mensalmente.

Se sair mais dinheiro do que entra em determinado período, será preciso tomar emprestado o que faltar ou utilizar as reservas, caso haja. Não há certo nem errado em qualquer dessas duas situações, mas é preciso que se tenha consciência do que esteja acontecendo e dos efeitos da decisão que tomar. Isso porque não é recomendável a uma pessoa idosa envolver-se em endividamento. Por outro lado, a redução das reservas precisa ser controlada para não se esgotarem antes do tempo;• Tenha no máximo duas contas bancárias – isso facilita o controle dos saldos e aplicações e a concentração dos recursos aumenta o poder de negociação de aplicações com melhores taxas junto aos bancos;• Controle mensalmente o saldo da conta e das aplicações.

Ainda que acredite na boa fé dos funcionários do banco, um engano de lançamento pode subtrair dinheiro da sua conta ou aplicações e apenas você pode reclamar. Quanto antes identificar enganos dessa natureza, menos problemática será a correção;• Fique atento à liquidez das aplicações: mesmo que possa haver melhores rendimentos em aplicações a longos prazos, leve em consideração que pode precisar do dinheiro em mãos mais brevemente.

Não caia nessas armadilhas• Emprestar dinheiro a amigos ou parentes: isso é tarefa para instituições financeiras, que têm equipes treinadas para avaliar o risco dos empréstimos que podem conceder, fiscalizar a utilização do dinheiro e acionar os meios competentes para cobrar os inadimplentes;• Avalizar aluguéis ou operações de crédito: ser fiador de alguém é arriscado. Oriente a pessoa a procurar uma companhia de seguros ou instituição financeira;• Repartir a herança em vida: ninguém leva nada depois da morte, é fato, mas não tome essa atitude. Há diversas possibilidades de ajudar familiares e uma delas é orientando a cada um deles para que construa o próprio planejamento pessoal e financeiro.